Mulheres que Inspiram - Dorothy Hodgkin

Dorothy Mary Crowfoot Hodgkin (nascida em 12 de Maio de 1910, em Cairo), foi uma química britânica que desenvolveu a aplicabilidade da cristalografia de raios X, pela qual ela ganhou o Prêmio Nobel de Química, em 1964.

A educação recebida por Dorothy ocorreu de maneira não convencional para o padrão educacional de meninas da época. Esse fato se justifica pelo desejo proveniente de seu pai (John Winter Crowfoot, um arqueólogo) de que a filha estudasse em Oxford, tal como ele. Assim, ela quase seguiu a mesma carreira dos pais, não fosse seu grande fascínio pela química.

Em 1928, ingressou na Universidade de Oxford para estudar química, sendo uma das 5 mulheres de uma turma de 60 alunos. Para a conclusão de seu curso, a estudante desenvolveu um trabalho de pesquisa com ênfase em cristalografia de raios X, contando com a orientação de H. M. Tiny Powell. Os resultados desse trabalho foram publicados na Nature e Dorothy se graduou em “First Class” de sua área, quesito atribuído a alunos com nota máxima, de modo a ser a terceira mulher a conquistar esse feito.

Dorothy também estudou a cristalografia da penicilina, ou seja, como os átomos estão organizados nos arranjos moleculares dos cristais de penicilina. Essa descoberta foi fundamental para viabilizar a produção em massa do medicamento durante a Segunda Guerra Mundial e tratar os soldados doentes.

Já em 1948, iniciou sua pesquisa associada à vitamina B12, caracterizada pela sua complexidade estrutural e tratamento da anemia megaloblástica. Esse trabalho lhe rendeu o prêmio Nobel em Química de 1964, além de que foi descrito como um grande sucesso da cristalografia de raios X, abrindo novos horizontes para a técnica.

Estudou por 35 anos a estrutura da insulina, pois a mesma tinha moléculas grandes e extremamente complexas, e em 1969 a estrutura foi resolvida. Então Dorothy passou a viajar pelo o mundo dando palestras sobre a insulina e a sua importância na diabetes.

Ela faleceu em 29 de julho de 1994, devido a um AVC.