Mulheres que Inspiram - Rosalind Franklin
- Beatriz Rocha
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- Aug 9, 2022
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Rosalind Elsie Franklin foi uma química britânica que contribuiu para o entendimento das estruturas moleculares do DNA, RNA, vírus, carvão mineral e grafite. Embora seus trabalhos sobre o carvão e o vírus tenham sido apreciados em sua vida, suas contribuições para a descoberta da estrutura do DNA tiveram amplo reconhecimento após sua morte.
Nascida em uma notável família judaica britânica, Franklin foi educada em uma escola particular em Norland Place, no oeste de Londres, na Lindores School for Young Ladies em Sussex, e na St. Paul's Girls' School. Depois, ela estudou Ciências Naturais no Newnham College, Cambridge, na qual se formou em 1941.
Com uma bolsa de estudos de pesquisa, começou a trabalhar no laboratório de físico-química da Universidade de Cambridge sob a orientação de Ronald George Wreyford Norrish, que a desapontou por sua falta de entusiasmo. Em 1942, a British Coal Utilisation Research Association (BCURA) ofereceu-lhe o cargo de pesquisadora e então ela começou seu trabalho com o carvão, o que a levou à conquista de um Ph.D. em 1945.
Já em 1947, ela foi a Paris como chercheur (pesquisadora pós doutoral) sob orientação de Jacques Mering, no Laboratoire Central des Services Chimiques de l'Etat, onde se realizou como cristalógrafa de raios-X. Rosalind se tornou pesquisadora associada no King's College London em 1951 e trabalhou em estudos de difração de raios X, que mais tarde contribuiria amplamente à síntese da teoria da dupla hélice do DNA.
Depois de dois anos, devido ao desacordo com o diretor John Randall e com o colega Maurice Wilkins, ela foi obrigada a se mudar para o Birkbeck College. Lá, John Desmond Bernal, presidente do departamento de física, ofereceu-lhe uma equipe de pesquisa separada.
Franklin é mais conhecida por seu trabalho com imagens da difração de raios-X do DNA, particularmente pela foto 51, enquanto trabalhava no King's College, em Londres, que levou à descoberta da dupla hélice do DNA, da qual James Watson, Francis Crick e Maurice Wilkins compartilharam a Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina em 1962.
Watson sugeriu que seria ideal que Franklin fosse premiada com um Prêmio Nobel de Química, juntamente com Wilkins, mas o Comitê Nobel não faz indicações póstumas. Franklin nunca soube que suas fotos foram as principais provas para a teoria da dupla hélice. Morreu em 1958 aos 37 anos, devido a um câncer de ovário.
Depois de terminar seu trabalho com DNA, Franklin liderou o trabalho pioneiro em Birkbeck sobre as estruturas moleculares dos vírus. Aaron Klug, membro da sua equipe, continuou sua pesquisa, ganhando o Prêmio Nobel de Química em 1982.





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