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Mulheres que Inspiram - Vera Rubin

  • Writer: Beatriz Rocha
    Beatriz Rocha
  • Aug 9, 2022
  • 3 min read

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Vera "Florence Cooper" Rubin foi uma astrônoma estadunidense, pioneira no estudo das curvas de rotação de galáxias espirais. Sua principal contribuição foi mostrar de maneira convincente que a velocidade de rotação nas regiões externas destas galáxias é muito maior que aquela que seria produzida por suas estrelas. Essa discrepância é considerada uma das principais evidências da existência de matéria escura.


Nascida no ano de 1928, na Filadélfia, EUA, seu pai foi engenheiro eletricista e sua mãe trabalhava numa companhia de telefonia. Ainda criança, Vera Rubin passava noites em claro observando as estrelas. Com a ajuda do pai, construiu seu próprio telescópio.


Rubin decidiu que estudaria astronomia na Vassar College, em Nova York, quando descobriu que Maria Mitchell - a primeira astrônoma dos EUA - foi professora da instituição. Ao completar a graduação, tentou se matricular no programa de pós-graduação de Princeton, mas nunca obteve resposta, pois esta universidade não aceitava mulheres em seu programa de pós-graduação até os anos 1975.


Começou o mestrado na Universidade Cornell, estudando física sob orientação de Philip Morrison, Richard Feynman e Hans Bethe. Completou seus estudos em 1951, durante os quais fez a primeira observação de desvios do fluxo de Hubble no movimento de galáxias, argumentando que estas galáxias poderiam ter um movimento de rotação ao redor de centros gravitacionais desconhecidos, e não estarem se afastando apenas. A apresentação destas ideias não foi bem recebida.


Vera Rubin realizou seu doutorado na Universidade de Georgetown, sob orientação de George Gamow. Em sua tese, defendida em 1954, concluiu que as galáxias se aglomeravam, ao invés de se distribuírem aleatoriamente no universo. A ideia da existência de aglomerados de galáxias não foi levada a sério por outros pesquisadores até duas décadas depois.


Após sua formação, Rubin lecionou em Montgomery County Junior College, tendo trabalhado também na Universidade de Georgetown como pesquisadora assistente, e em 1962 tornou-se professora assistente. Além disso, em 1965, ela se tornou a primeira mulher com permissão para usar os instrumentos do Observatório Palomar. Antes disso, as mulheres não eram autorizadas a acessar essas instalações. Rubin foi membro sênior do DTM, Departament of Terrestrial Magnetism na Carnegie Institution of Washington, trabalhando na área de Dinâmica Galática e Extragalática.


Por volta de 1970, Vera Rubin realizou observações bastante precisas da velocidade de rotação das regiões externas da galáxia de Andrômeda e de outras. Com isso, descobriu a discrepância entre o movimento angular previsto de galáxias e o movimento observado. Esse fenômeno ficou conhecido como o problema de rotação das galáxias e seus cálculos mostraram que as galáxias devem conter uma quantidade significativa de matéria escura.


Rubin foi pioneira no estudo das taxas de rotação das galáxias. Sua magnum opus foi a descoberta da discrepância entre o movimento angular previsto e o movimento observado nas galáxias, estudando as curvas de rotação das galáxias. Esse fenômeno ficou conhecido como o problema da rotação das galáxias. Atualmente, a teoria da matéria escura é a candidata mais popular para explicar esse fenômeno.


As contribuições de Vera para a ciência foram revolucionárias. Apesar disso, ela nunca foi ganhadora do Nobel da Física, o reconhecimento mais importante da área. Até 2018, somente três mulheres receberam o prêmio, mesmo com mais de 200 ganhadores desde 1901.


Ainda com todas as dificuldades, ela continuou firme na pesquisa até os 88 anos, quando faleceu, em 2016. “E não se preocupe com prêmios e fama. O prêmio de verdade é encontrar algo novo lá fora”, declarou a rainha das galáxias.


Referências:


  1. Brooks, Michael (19 de março de 2005). «13 things that do not make sense». New Scientist. Reed Business Information, Ltd. Consultado em 19 de outubro de 2010

  2. Mayer, Gabriel (1–7 de dezembro de 1996). «Pontifical Science Academy Banks on Stellar Cast». National Catholic Register. Eternal Word Television Network. Consultado em 19 de outubro de 2010

  3. «Recipients». Weizmann Women & Science Award. Consultado em 22 de novembro de 2021. Cópia arquivada em 22 de agosto de 2016

  4. «Astrônoma Vera Rubin morre aos 88 anos». G1. 26 de dezembro de 2016. Consultado em 26 de dezembro de 2016



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